terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

A arrastar...

É o que tenho vindo a fazer neste segundo ano de mestrado. A arrastar os trabalhos individuais, os trabalhos de grupo, as aulas. Tudo custa horrores a passar! E o que mais me irrita é que são matérias novas, aprofundadas e que me servem e servirão de muito no futuro (quero acreditar nisso!). Mas nem assim me auto-motivo...a minha motivação vem do "já só faltam entregar três trabalhos" ou do "já só faltam quatro aulas"...

Continua o síndroma do post de há umas semanas. O sentido de "dever" já não me chega. Na Licenciatura não era assim. Na Licenciatura havia tempo para fazer tudo, perfeitinho, bem feito. Na Licenciatura os professores respondiam a todas as nossas dúvidas (que eram poucas e básicas) porque haviam muitas horas de aulas. Agora não. Tudo é demasiado para "encher" oito horas por semana. Querem mostrar-nos tudo; apresentar todos os estudos, todos os artigos e outras referências bibliográficas. Querem ouvir-se e aos seus feitos, porque não há tempo para mais; não há tempo para as nossas dúvidas práticas do dia a dia, porque são difíceis de responder; não há tempo para a partilha das nossas experiências. Tudo é acelerado.

Da nossa parte faz-se o que se pode. Trabalhamos, no mínimo, das nove às cinco, e todos os "buraquinhos" que encontramos são para dedicar aos trabalhos e às leituras. Já sabíamos que ia ser assim, não nos devemos queixar. Todos os que agora ali estão, a dar aulas, já passaram por isto ou por pior. Não nos devemos queixar.

Mas se do dever ao querer longa é a distância, também do dever ao poder ela o é. Por isso podemo-nos queixar. Ajuda. Desanuvia. Queixo-me então. Queixo-me hoje. Hoje que faltam quatro aulas para terminar e três trabalhos para entregar. Queixo-me porque é assim que me motivo e porque já faltou mais...




1 comentário:

IsaBel disse...

Na licenciatura não tinhas as aulas depois de 8 horas de trabalho...