Noite de Santo António

Ó noite de Santo António

Ó Lisboa de encantar

De alcachofras a florir

De foguetes a estoirar

Enquanto os bairros cantarem

Enquanto houver arraiais

Enquanto houver Santo António

Lisboa não morre mais

Noite De Santo Antonio
Amália Rodrigues
Composição: Norberto Araújo / Raúl Ferrão

E foi mesmo! Abençoada noite de 12 para 13 de Junho!

A festarola começa em Alfama; muita gente, muitas filas para comer a bela da sardinha! Como não queremos perder tempo “deita abaixo” a tradicional bifana no pão, frita na “molhanga” hiper-colestrólica! Mas não há crise! Santo António cura tudo! Vai-se cantando e dançando ao som dos bailaricos que surgem em cada recanto do bairro! As ruas estreitas estão cheias de pessoas, mesas ou fogareiros! Não há um espaço livre! Nas janelas, tudo convida à festa: uma boneca animada, uma velhota que vende manjericos, um “snack-bar” improvisado; vale tudo pessoal! Até chineses a vender sardinhas! Ah pois é, depois do shop-suey, os amiguinhos de olhos em bico descobriram a bela da sardinha assada!

De Alfama até à Avenida da Liberdade, para dar uma espreitadela ao desfile das Marchas Populares, a animação continua! Á nossa chegada, vinham a descer os Olivais e posteriormente o Alto do Pina. As claques, fervorosas como sempre, quase rompem as cordas vocais para demonstrar o amor incondicional pelo bairro que os viu nascer: “IÉ IÉ IÉ, OLIVAIS É QUE É!!!” Ao fim da noite de certeza que estavam afónicos, isto senão lhes tivesse dado o badagaio antes, pois com tanta gritaria não há coração que resista!

Vistas as vistas, ala para a Bica, o destino final do mini-grupo maravilha! Ora cá estamos, nas ruas da Bica! Ruas? Quais ruas? É um mar de gente que sobe, que desce, que dança, que come e que bebe! E viva o CALOR HUMANO! Estava tudo mais apertado que o metro em hora de ponta! E a música? Ouvia-se tudo, de Quim Barreiros ao samba da Ivete; o importante é mexer e assegurar a diversão! E ela esteve lá, até à hora de regressar a casa! O que aconteceu bem tarde, visto termos que ir “apanhar” (literalmente) um táxi ao Marquês, depois de uma eternidade de passos e sprints!

Mas não há crise, a noite foi fabulosa! Vivam os Santos Populares! Abençoado seja o Santo António! Abençoado seja o feriado que se seguiu para recompor a malta!

Beijinhos amajericados

P.S.- Bruno- homem dos post-it’s- como te fui encontrar no meio da “salganhada” de gente? =0) Espero que te tenhas continuado a divertir!