Estatisticamente falando!

Piolha e Sobrinha Piolha, ambas decidiram fazer os seus próprios cartões de Natal este ano! Muita cartolina, muitos brilhantes, muitas aplicações...um espectáculo de postais natalícios!

Depois da criatividade, passámos à fase de escrever moradas (boring!) E aqui encontrámos o busílis da questão. Ora faltava o nome da rua, ou não nos lembrávamos do número da porta, etc, etc! A mais crítica foi a do pai da criança! Por incrível que pareça, nem filha, nem irmã, nem pais sabiam o número da porta e o código postal do paizinho! A solução era telefonar-lhe e perguntar.

“Mas não digas porquê queres saber a morada ok?” – disse eu à piquena antes de ela telefonar.

“Como é óbvio tia! Vou dizer ao pai que é para um trabalho de estatística da escola!” – disse-me ela com ar de importante!

Ehh lecas…um trabalho de estatística? Mas o que ensinam a esta criança na escola, pah? Matemática avançada para miúdos de oito anos? Desconfiada e crente que a gaiata não fazia ideia do que tinha dito, perguntei: “Mas tu sabes o que é a estatística?”

“Sei!” – respondeu. E continuou: “É uma coisa em que se pergunta qualquer coisa às pessoas; faz-se uma lista e a coisa que foi dita mais vezes ganha! E a estatística é que ajuda a dizer quem ganha!”

“Ahhhh, estou a ver!” – disse eu quase a rir-me! “Então e porque é que se ia fazer uma estatística das ruas das pessoas?” – perguntei para deitar mais agua na fervura!

“Para saber qual a rua com mais meninos da minha turma e organizar lá uma festa, porque como a maioria dos meninos moravam lá, os outros das outras ruas iam lá ter porque eram menos!”

BRUTAL! Desmanchei-me a rir na cara dela, que se mantinha impávida e serena, como se acabasse de descrever a mais lógica das situações! Que lindo pah! Como é que aquela cabecinha consegue engendrar estas ideias! É Fantástica a minha Piolha!