sexta-feira, 9 de março de 2007

Código Da Vinci vs. Beatles


Foi já à uns tempos que vi esta notícia no site da SIC. Resolvi guardá-la para colocar nas Piolhices. E cá está ela.


Por si só, é uma notícia que chama a atenção: fala de um tema polémico, para alguns pode dizer-se mesmo inquietante. Ora vejam:


"A equipa afirma ter estudos matemáticos e de ADN do seu lado, mas a tese de que a arca tumular de Jesus foi encontrada não está a convencer a comunidade académica. Apresentada segunda-feira na Biblioteca Pública de Nova Iorque, a teoria defendida pelo documentário O Túmulo Perdido de Jesus (The Lost Tomb of Jesus, no original), que James Cameron produziu e o Discovery Channel emitirá a 4 de Março, está a ser recebida com cepticismo generalizado. Tal como o seu timing, dado o filão comercialmente atraente que O Código da Vinci relançou, como escrevia ontem o New York Times, citando um professor de Arqueologia de Harvard, Lawrence E. Stager.


Realizado por Simcha Jacobovici, um jornalista judeu radicado no Canadá, o documentário - no qual se defende também que Jesus se casou com Maria Madalena e que ambos tiveram um filho - tem por base duas de dez arcas tumulares encontradas em Março de 1980 durante os trabalhos de construção de um complexo residencial em Talpiot, na periferia de Jerusalém.Inscrições existentes em seis delas, "em aramaico, hebraico e, num dos casos, em grego" - indicando os nomes Jesus, filho de José; Judas, filho de Jesus; Maria; Mariamne (Maria Madalena); José e Mateus - "provariam", na sua óptica , estar-se perante o lugar de sepultura da família de Jesus. Não pelos nomes em si, correntes na época, mas pela coincidência da localização, afirma a equipa."A probabilidade de se descobrir esta combinação num mesmo lugar é idêntica a encontrar uma sepultura com a inscrição Ringo junto de outras indicando os nomes John, Paul e George", considerou, numa alusão aos Beatles, o realizador de Titanic.


James Cameron poderá estar entusiasmado com a tese do documentário que produziu - "sou apaixonado por uma boa história de detectives", afirmou -, mas, para Stephen Pfann, especialista em Estudos Bíblicos da Universidade da Terra Santa, em Jerusalém, ela é "pouco consistente e poucos cristãos irão acreditar nela".Na apresentação, a equipa afirmou "não querer pôr em causa" um dos pilares do Cristianismo - a ressurreição de Cristo -, "mas antes lançar o debate" a partir do que diz serem "evidências materiais" de algo diferente. Amos Kloner, arqueólogo da Autoridade de Antiquidades de Israel que, em 1980, acompanhou as escavações em Talpiot, não crê nesse argumento: "Basicamente o que pretendem é fazer dinheiro". Em seu entender, O Túmulo Perdido de Jesus "nada tem a ver com critérios de análise e de rigor essenciais em Arqueologia". "


E então? Fabulosa não?

Toda a informação transmitida causa grandes emoções, mas para mim a melhor é sem dúvida a menção aos Beatles! Sim senhor, vamos matar todos os homens do "Yellow Submarine" para os comparar, numa visão puramente "tumulógica", à "suposta" família de Jesus da Nazaré!

Meus amigos, isto é mais do que uma probabilidade...isto é uma grandessíssima PIOLHICE! Ainda bem que foi um indivíduo estrangeiro a exprimir tamanha comparação; estou a imaginar se tivesse sido um portugês...lá iríamos ter que falar de Pintos, Loureiros e Felgueiras, qual família honesta e de bons costumes!


Beijinhos de sexta-feira à tarde

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