A pobreza é um dos grandes problemas do mundo actual. As imagens dos países sub-desenvolvidos chegam todos os dias às nossas casas, mostrando péssimas condições de vida, poucas condições de higiene e falta de alimentos para que adultos e crianças possam sobreviver. Se pensarmos nisto a última coisa que nos vem à ideia é que estas pessoas precisam de um computador. Mas não foi isto que Nicholas Negroponte pensou. Este americano, graduado pelo M.I.T. (Massachusetts Institute of Technology) e fundador do “Media Laboratory” do mesmo Instituto, é o presidente de uma iniciativa ambiciosa, passível de gerar grande controvérsia.
O Sr. Negroponte criou a Organização sem fins lucrativos “One Laptop per Child” (Um computador por criança). O objectivo é pesquisar, construir e distribuir computadores a custo mínimo ($100) às crianças mais pobres que vivem em lugares remotos. A Organização foi apresentada em 2005, no Fórum Económico Mundial, na Suiça.
O Sr. Negroponte criou a Organização sem fins lucrativos “One Laptop per Child” (Um computador por criança). O objectivo é pesquisar, construir e distribuir computadores a custo mínimo ($100) às crianças mais pobres que vivem em lugares remotos. A Organização foi apresentada em 2005, no Fórum Económico Mundial, na Suiça.
Fabricado com a mais alta tecnologia, e desenhado pelos melhores especialistas o laptop permite às crianças o auto-desenvolvimento e auto-conhecimento; é uma ferramenta que dá aos mais novos a possibilidade de explorar e aprender pelas suas próprias mãos. É a velha máxima de “não dar peixe, mas ensinar a pescar”. O equipamento tem características únicas: é flexível, energicamente eficiente, de material durável, resistente a quedas e à água.
O processo de venda e distribuição é feito junto das escolas e das instituições governamentais dos países aderentes à iniciativa. Negroponte e a sua equipa andam a percorrer África, Ásia e América em busca de “clientes” para o seu “veículo de conhecimento”.
Acho uma ideia inovadora, com pernas para andar, desde que devidamente integrada na realidade destas crianças. Pelo que li, é feito um programa de integração e introdução ao equipamento, mas não consegui descobrir de quanto tempo é essa actividade. É como tudo: se o seu papel e as suas potencialidades não forem devidamente interiorizados, é uma quadrado, com cor, bem menos atractivo que uma bola que salta e rola.
A iniciativa é muito boa; podem dizer: “faz-lhes mais falta pão do que essas modernices completamente desenquadradas”. Acredito que sim, mas isto num pensamento a curto prazo. Se prespectivarmos a longo prazo, é uma mais valia esta forma de aquisição de conhecimentos. As sociedades evoluem por um conjunto de factores, e um deles é sem sombra de dúvidas o conhecimento e a sua diversidade. E que melhor forma há de aprender do que explorando e seguindo a nossa curiosidade?
Felicidades à Equipa OLPC!
2 comentários:
Pois, mas se no tempo que demora a "ensinar a pescar" o pescador desaparecer, a cana se partir ou a pesca mudar de sitio, para é que serviu?!?!
Haveriam milhares de campanhas mais fáceis, mais úteis e mais baratas que essa...
Sim, em certo ponto acho que tens razão. Foi o que escrevi quando me referia ao acompanhamento do processo no terreno. Mas por outro lado é uma ideia inovadora, que nunca ninguém testou. Não é prejudicial e se for bem sucedida pode ser realizada em muitos mais países! Vou tentar acompanhar o projecto e vou colocando aqui os resultados. Esperemos que não seja só uma ideia e uma "moda"!
Obrigada pelo comentário!
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