sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Matar para manter a tradição

Li há poucos dias uma notícia que quero partilhar com vocês. Numa qualquer localidade da China, existe a tradição de quando um homem solteiro morre, ser enterrado junto de uma mulher mais nova e que tenha morrido também há pouco tempo. Diz a tradição que o objectivo é assegurar a sua felicidade eterna; qualquer coisa como “entrar bem acompanhado no outro mundo”.

Segundo parece, o aumento da esperança média de vida também já chegou à China, e as moças não morrem como morriam à uns tempos atrás (fiquei a pensar senão seriam os homens que agora morrem mais e é daí que vem o desequilíbrio, mas ok).

Um coveiro, farto de tentar encontrar “companheiras” que cumprissem todos os requisitos e de perceber que elas não apareciam, teve uma ideia brilhante para salvar o seu negócio, diria mesmo, uma ideia “de caixão à cova”: “Preciso de jovens, se elas não morrem, vou ter que alterar a lei natural da vida e da morte!” Transformou-se assim num “serial killer”, somando ao todo mais de uma dezena de vítimas até ser descoberto.

Fiquei estúpida com esta notícia. Como é que as pessoas perdem a noção da realidade até este ponto? O que raio se passará na cabeça daquele homem e como é que se justifica a morte para manter um negócio ou uma tradição?

É ridículo, mas acima de tudo é triste. Até que ponto será necessário cumprir esta e outras tradições? Será crime não as respeitar?

Não sei, mas matar é crime de certeza, mas pelos vistos já não é tão grave como aprendi em pequena.


3 comentários:

Anónimo disse...

E pensares nos pobres coitados dos homens solteiros e iram la chegar sozinhos... Com um bocado de sorte ainda os emparelhavam a eles!

Sua femininista... Só pensas nas tuas companheiras chinesas né!

Piolha disse...

Florzinha..estou baralhada...És feminino ou mascuino?

Piolha disse...

Alguém sabe o contacto do Tarentino ou do Anthony E. Zuiker? Isto dava um excelente argumento para um CSI China!